A articulação entre o governo de Santa Catarina e a Assembleia Legislativa (Alesc) é o caminho que pode viabilizar a criação do auxílio para alunos carentes que abandonaram os estudos desde o início da pandemia. Os números são trágicos: 8 mil na rede estadual e 11 mil nas redes municipais deixaram de acompanhar aulas online ou presencialmente desde o início de 2020.
São crianças e adolescentes sem equipamento e internet adequados para o ensino remoto, sem apoio familiar e que precisaram deixar as aulas para trabalhar e ajudar os pais a trazerem alimento para casa. A presidente da União dos Dirigentes Municipais (Undime-SC) e secretária de Educação de Blumenau, Patrícia Lueders, denunciou o grave problema do trabalho infantil. O fato ocorre principalmente na lavoura e na indústria de fiação.
A deputada estadual Luciane Caminatti (PT) apresentou na Alesc um projeto de lei que cria uma bolsa mensal de meio salário mínimo (R$ 550,00) para auxiliar os jovens carentes do ensino médio. Para receber o benefício, o aluno precisa ter no mínimo 75% de frequência e sem reprovação. O tema já estava em análise na diretoria de ensino na Secretaria de Educação (SC). Já iniciaram articulações com a Casa Civil e Fazenda. A parlamentar, da mesma forma, já procurou o governo para tratar do assunto. É essa articulação que pode viabilizar o auxílio, tão necessário.
NSC
